À medida em que a prática do sexo anal deixa de ser um tabu, muitos avanços são feitos. A maior quantidade de informação disponível a respeito do assunto permite, por exemplo, que as pessoas obtenham mais prazer com a prática, tanto para homens quanto para mulheres.
No entanto, além do aprendizado a respeito do prazer obtido com a prática, é importante conhecer mais a respeito da segurança. Isso porque sexo anal sem camisinha tem risco adicional em comparação ao sexo vaginal.
Muitas casais pensam que, por não haver risco de gravidez, a prática do sexo anal sem camisinha pode ser feita normalmente. Na verdade, por ser uma região menos lubrificada e com mais acúmulo de materiais orgânicos, há diversos riscos a serem levados em consideração.
Sexo anal sem camisinha tem risco, e eles não são poucos. Entenda mais sobre o assunto, e saiba como se proteger:
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Devo usar camisinha ao praticar sexo anal?
Sim, a camisinha é essencial em todas as relações sexuais, incluindo no sexo anal. A necessidade de camisinha independe da idade e do gênero de seus praticantes. O atrito do ânus é especialmente propício a gerar pequenos cortes que facilitam a entrada de agentes que manifestam DSTs, o que tornam a proteção absolutamente necessária.
Quais os riscos de se praticar sexo anal sem camisinha?
Se praticado com cuidado, o sexo anal depende apenas da vontade do casal, apresenta bom nível de segurança. No entanto, sexo anal sem camisinha tem riscos. Entre eles, destacam-se:
- HIV: atualmente, já é possível afirmar que o sexo anal desprotegido apresenta uma maior risco de transmissão de HIV do que sexo vaginal ou oral desprotegido, especialmente para a mulher ou para o polo passivo da atividade. O vírus pode levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS;
- Papiloma Vírus e verrugas: a falta de proteção pode facilitar a transmissão do vírus durante o ato sexual;
- HPV e câncer no reto: alguns tipos de vírus HPV possuem potencial cancerígeno, especialmente na garganta e no reto. Por isso, a utilização de camisinha é essencial até mesmo para cuidados com o organismo a longo prazo;
- Hepatite A: essa forma viral de hepatite infecciosa pode gerar icterícia, além de reduzir significativamente a qualidade de vida. Embora quase nunca seja uma condição fatal, tende a gerar efeitos bastante desagradáveis para quem sofre do problema.
- Hepatite C: diferentemente a hepatite A, este tipo de hepatite pode ser causa progressiva de doenças crônicas no fígado, podendo levar à morte em pouco tempo. A hepatite C pode ser transmitida por via anal em relações sexuais sem camisinha, embora os riscos sejam reduzidos, em comparação a outras infecções;
- coli: trata-se de um infecção que aloja-se no sistema digestivo, e pode ser infeccioso tanto através da via oral, quanto da via anal. Uma vez no ânus, a bactéria atravessa facilmente o caminho até o canal urinário, podendo causar infecção urinária. Há riscos ainda maior de transmissão da bactéria em casos de sexo anal seguido por sexo vaginal sem proteção, ou sem a troca da camisinha;
Como tornar o sexo anal mais seguro?
Há basicamente duas formas de tornar o sexo anal infinitamente mais seguro do que sem proteção. A primeira, obviamente, é utilizar camisinha. O sexo anal sem camisinha tem risco, como você acabou de ler, e eles atuam a curto, médio e longo prazo. Além da camisinha, é importante manter o ânus especialmente limpo para a relação sexual, reduzindo os riscos de presença de agentes contagiosos.
Outra forma de proteger-se é observar os limites físicos do corpo. O sexo anal torna-se mais seguro quando é adequadamente lubrificado, pois isso evita lesões na pele. Além disso, realizar a prática apenas quando a pessoa está “no clima”, garante que a experiência seja, além de mais prazerosa, menos arriscada para ambos.